terça-feira, 4 de junho de 2013
Experiência de leitura e escrita.
Minha experiência de leitura e escrita aconteceu na 7ª série. Isso me marcou tanto, que lembro como se fosse hoje.
Minha professora, por vários dias nos deu temas para produzir redações. Passaram-se semanas e nós estávamos treinados a escrever e ler essas produções em voz alta.
Acontece que nessa maratona fui pegando o gosto em produzir e expor aos meus colegas minhas obras de arte, que eu achava que era o máximo. Nunca produzimos nada em duplas ou grupo. Todos os textos eram individuais e sem um debate anterior sobre o tema.
Um belo dia, ela disse que elegeria para um concurso municipal um candidato para representar minha turma. Eu estava confiante, e cheguei a ser uma das finalistas.
Quando ela falou que eu não tinha ganhado o concurso, meu mundo desmoronou. Ela explicou os motivos de sua escolha, mas mesmo assim eu tenho a certeza que aquele prêmio era para ser meu.
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Olá colegas cursistas, uma das minhas experiências leitura foi, quando cursei o fundamental 1, o ensino era tradicional,sílabas divididas, frases soltas, como, vovó viu a uva, a pata nada..., ditados, leitura de palavras, lembro-me pouca coisa de leitura e escrita desta época, talvez por não ter sido significativo. Porém, em meio a este "pouco", lembro-me do professor Laerte, que alguns minutos antes do final da aula, pedia nossa leitura individual, eu amava ler! não por causa do contexto(apenas orações), mas pela excelente leitura segundo o professor, eu e outro coleguinha, até recebemos presente no final do ano; da mesma forma me recordo da professora Maria Helena Cidin, que gostava muito das minhas produções de texto, e na 5ªsérie, a professora Sônia Pacífico, que as vezes escalava alguém para ler pequenos textos do livro de gramática, e certo dia pediu-me que lesse, ao final da leitura disse: "você lê muito bem"! Esses fatos deixaram-me animada, a cada vez ler melhor, com entonação, respeitando pontuação, pausas e expressando aos ouvintes de forma prazerosa os sentimentos do "autor"... . Sei que esse relato não é bem o esperado, mas ninguém pode contar o que não vivenciou, não foi significativo; pois ser um bom leitor vai além de ler as palavras corretamente e decodificar símbolos, é entender e refletir o que está lendo de maneira contextualizada. Cabe ao professor promover a leitura prazerosa de diversos gêneros literários
ResponderExcluirAntonio Candido
ResponderExcluirCrítico literário e ex-professor de Teoria Literária na USP
As produções literárias, de todos os tipos e todos os níveis, satisfazem necessidades básicas do ser humano, sobretudo através dessa incorporação, que enriquece a nossa percepção e a nossa visão do mundo. [...]. Em todos esses casos ocorre humanização e enriquecimento, da personalidade e do grupo, por meio de conhecimento oriundo da expressão submetida a uma ordem redentora da confusão.
Entendo aqui por humanização (já que tenho falado tanto nela) o processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante.
Fonte: CANDIDO, Antonio. Direitos humanos e literatura. In: ______. Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004.